O ano 2000 protagoniza a era da globalização, e a moda adere aos tecidos de alta performance, que absorvem suor, mudam de cor e refletem a luz. As possibilidades da moda tornam-se infinitas e cabe a cada um escolher o que mais combina com seu perfil. O jovem consolida-se como o grande formador de novos conceitos de moda.
Os anos 2000 e 2001 trouxeram os anos 80, com um feedback dos anos 50 para as vitrines de todo o mundo. Sem mais décadas anteriores para buscar referências, a moda encontra-se num beco sem saída, configurando a busca pelo novo, que permanece até a atualidade. O fato pode ser comprovado pelos inúmeros desfiles e concursos de moda, realizados a todo momento na busca por novidades.
Para os estilistas, é a grande chance de mostrar sua capacidade de criação. O consumidor está sedento por novidades.ntram mais espaço para criar. No âmbito internacional, isso gerou um estilo brasileiro de produzir moda que cada vez mais conquista espaço no exterior.
O Jornal The New York Times publicou que 2000 foi o ano da moda brasileira. O estilismo nacional vive um momento bastante afirmativo no que diz respeito à identidade, criatividade, profissionalização e reconhecimento, tanto no país como fora dele.
Paralelo, a moda internacional, saturada, não mais se restringe ao circuito tradicional. Considerando uma coisa e outra, a chave do segredo pode estar em trilhar os indicadores mundiais, e a eles acrescentar uma mistura de tecidos, formas e doses generosas de sensualidade, cor e alegria, para obter ao final algo que seja a cara do país. Daí em diante, a moda estrangeira serviria tão somente como referência do que acontece lá fora.
O Brasil no cenário internacional
Se há sorte neste caso, ela repousa no feliz encontro de fatores que concorreram para que a moda feita no Brasil pudesse se emancipar e ser arremessada para além das fronteiras. O descobrimento de modelos brasileiras, como Gisele Bündchen, Caroline Ribeiro e Fernanda Tavares, evidentemente atraiu o olhar estrangeiro sobre o Brasil.
O estabelecimento de um calendário de moda no país para dar uniformidade a iniciativas antes isoladas, a valorização da moda como negócio, a evolução do setor têxtil e a qualidade inquestionável da matéria-prima nacional também têm contribuído para a projeção interna e externa dos estilistas brasileiros.
Importante também é a divulgação espontânea de gente influente que simpatiza com as coisas do Brasil. A stylist e editora de moda Isabella Blow, que veio para a oitava edição do Morumbi Fashion, foi tomada de assalto pela contemporaneidade da criação nacional, frustrando a expectativa de encontrar no Brasil nada além de roupas de folclore.
As matérias da jornalista inglesa do Sunday Times terminaram chamando ainda mais a atenção para o Brasil. Em 2000, ela retornou acompanhada de um grupo de jornalistas ingleses e franceses, ávidos em conferir se miss Blow carregou nas tintas ao alardear para a Europa a fecunda criação dos estilistas brasileiros.
A partir de então, a história da moda no Brasil nunca mais foi a mesma e os nossos criadores passaram a ter repercussão na imprensa especializada do mundo inteiro. Acabou-se a ilusão de que bom é o que é importado. Finalmente, os criadores nacionais passaram a acreditar no fôlego da identidade brasileira para transpor fronteiras.
A cada dia, fica mais remoto o tempo em que o País plagiava a moda européia e norte-americana. O país do carnaval entra na era do estilo próprio, que se internacionaliza rapidamente, e do profissionalismo, sem o que os ótimos jeans da Ellus, Forum e Zoomp não teriam barrado a invasão de marcas de olho no mercado consumidor nacional, como a Levi’s.
Fontes: Informações dos sites fashionbubbles.com, wikipedia.org, almanaque.folha, mre.gov
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